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PASSO A PASSO DE UM SANTO

Qualquer pessoa tem a possibilidade de alcançar a santidade.

Segundo a visão da Igreja Católica, a santidade nada mais é do que viver valores e virtudes ao longo da vida terrena, servindo como exemplo para outras pessoas e, principalmente, tendo Jesus Cristo como seu próprio modelo pessoal. Após a morte, a alma dessa pessoa é elevada à presença de Deus, encontrando-se com Ele na eternidade celestial, como popularmente chamamos de “Céu”. 

Na religião católica, os santos não apenas ganham esse reconhecimento de terem levado uma vida repleta de virtudes, mas também têm a capacidade de interceder em favor daqueles que ainda vivem na Terra, por esse motivo, muitos fiéis católicos pedem graças aos seus santos de devoção. E é por meio dessas graças, muitas vezes milagres e curas, que os santos recebem esse título pelo Vaticano. Porém, embora o santo desempenhe esse papel de intercessor, vale ressaltar que o milagre é obra de Deus.

Mas afinal, como alguém de fato se torna um santo de altar? 

 

Na Igreja Católica há um processo para se conquistar o título de santo e ser venerado nos altares. Para que esse reconhecimento ocorra, é preciso passar por um longo e rigoroso processo que exige a análise e comprovação das virtudes e santidade do indivíduo, ou ainda se morreu defendendo ou testemunhando a sua fé, no caso de mártires. Esse processo conta com inúmeras investigações, pesquisas, testemunhos, tudo para constatar a veracidade dos fatos. 

 

Confira abaixo o passo a passo do processo de canonização, onde se é comprovado através de uma sequência de etapas, a santidade de vida de um fiel católico:

1º PASSO:

O fiel deve ter falecido com fama de santidade ou ter sido mártir. Isto é, ser reconhecido por suas virtudes em vida ou ter sido morto se negando a renunciar sua fé ou seus valores.

VOCÊ SABIA?

Há muitas controvérsias acerca das formas de culto presentes na Igreja Católica.  

O que muitos não sabem é que existe uma diferença entre adorar e venerar, por esse motivo muitos católicos ainda confundem as duas. Você sabe distingui-las?

Padre Cleiton Evaristo, vigário da Paróquia Santa Maria de Baependi em Minas Gerais, explica a diferença entre as duas formas de culto.

Confira na íntegra:

A palavra “adoração” vem do inglês antigo weorthscipe/worship, que significa condição de ser digno de honra, respeito ou dignidade. Adorar no sentido mais antigo e amplo é atribuir honra, valor ou excelência a alguém, seja um sábio, um magistrado ou Deus.

 

Durante muitos séculos, o termo adoração significava simplesmente mostrar respeito ou honra, e um exemplo desse uso sobrevive no inglês contemporâneo. Os súditos britânicos referem-se aos seus magistrados como “Vossa Excelência”. Isto não significa que os súditos britânicos adorem os seus magistrados como deuses; significa que eles estão dando a eles a honra apropriada ao seu cargo, não a honra apropriada a Deus.

 

Nas Escrituras, o termo “adoração” tinha um significado igualmente amplo, mas nos primeiros séculos cristãos, os teólogos começaram a diferenciar entre diferentes tipos de honra, a fim de deixar mais claro o que é devido a Deus e o que não é.

 

Outra tentativa de deixar clara a diferença entre a honra devida a Deus e a honra devida aos humanos foi usar as palavras  adorar  e  adoração  para descrever a reverência total e consumidora devida a Deus e os termos  venerar, veneração  e  honra  para se referir ao respeito devido aos humanos. Assim, os católicos às vezes dizem: “Adoramos  a  Deus, mas  honramos  os seus santos”.

 

POR QUÊ VENERAR SANTOS E IMAGENS?

 

Tendo refletido sobre o termo "Venerar" podemos compreender que, qualquer pessoa, viva ou morta, que ocupe uma posição elevada é considerada digna de honra, e isto é particularmente verdadeiro no caso de figuras históricas.

 

Todos nós, que estamos na terra, quanto aqueles que já estão no céu, fazemos parte de um só corpo: o Corpo Místico de Cristo. Todos os Santos, que já estão na glória de Deus, querem que nós também alcancemos a vitória e o bem supremo, que é a vida eterna na presença maravilhosa de Deus!

 

Pedimos a intercessão dos Santos para aprendermos com eles a honrar a divina majestade que santificou todos os santos. Aprendemos a pedir o auxílio daqueles que estão no convívio dos eleitos para nossas fraquezas.

A oração dos santos aumenta nossa esperança em alcançar as alturas do Céu. Dessa forma buscamos mais as coisas do alto, as coisas eternas.

Ao honrarmos os santos honramos a Deus, Pai amoroso, que oferece a seus filhos aqui na terra o auxílio dos irmãos que já estão no céu. Conforme este trecho da

 Lumen Gentium do Vaticano II nos lembra: “Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio” (LG 49) (§956)

 

Quanto às imagens dos Santos:

 

O fato de alguém se ajoelhar diante de uma estátua para orar não significa que esteja orando  para  a estátua, assim como o fato de alguém se ajoelhar com uma Bíblia nas mãos para orar não significa que esteja adorando a Bíblia. Estátuas, pinturas ou outros dispositivos artísticos são usados para lembrar a pessoa ou coisa retratada. Assim como é mais fácil lembrar-se da mãe olhando para a sua fotografia, também é mais fácil recordar a vida dos santos olhando para as representações deles.

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