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ZÉLIA E JERÔNIMO:
SANTIDADE TAMANHO FAMÍLIA

Dois jovens e um objetivo em comum: ser santos. Ele, Jerônimo Magalhães, veio de família grande e abastada. Cursou Engenharia Civil na Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Ela, Zélia Abreu, veio de uma família importante socialmente. Teve uma educação admirável, falava diversos idiomas. 

 

Jerônimo nasceu em 26 de julho de 1851 em Magé, na Província do Rio de Janeiro e teve quatro irmãos sacerdotes, seu pai possuía uma grande fazenda de café, chamada Santa Fé. Zélia, por sua vez, nasceu em 5 de abril de 1857 em Niterói, e foi estimulada espiritualmente desde cedo. 

 

O caminho de ambos se cruzou, e o casal se uniu em matrimônio quando Jerônimo completou seus 25 anos, na época, Zélia tinha 19. A cerimônia aconteceu na Chácara da Cachoeira, no bairro da Tijuca. 

 

O recém casal se instalou na fazenda onde Jerônimo cresceu. Lá, criaram uma grande família baseada nos valores cristãos. 

 

O amor pelas coisas de Deus fez com que a família criasse hábitos e tradições segundo a doutrina católica. A fazenda em que moravam possuía uma capela onde Zélia rezava todos os dias. Ela fazia questão de evangelizar a todos, e sempre transmitiu os valores e ensinamentos católicos aos filhos. 

 

Essa época, o Brasil ainda era marcado pela escravidão, mas isso não impediu o casal de sempre tratar a todos de forma livre e respeitosa. Após a Lei Áurea, assinada em 13 de maio 1888, mesmo sendo libertos e recebendo salário, os ex-escravos que ali moravam escolheram permanecer na fazenda juntamente com a família de Jerônimo e Zélia, tamanho era o carinho pela família.

 

Todos os dias, antes de iniciarem os trabalhos, o casal os acompanhava nas orações, além de sempre os convidarem para participar de missas, confissões e catequeses. 

 

Zélia e Jerônimo sempre estiveram abertos à vida e tiveram treze filhos no total, sendo que quatro faleceram ainda pequenos. O restante deles tornaram-se todos religiosos: um franciscano, três lazaristas e um jesuíta; já as mulheres, tornaram-se duas delas, irmãs da Congregação do Bom Pastor, enquanto as outras quatro, dorotéias. 

 

Zélia e Jerônimo sempre levaram muito a sério a sua vocação. Sempre zeraram muito pela educação dos filhos, tanto intelectual, quanto espiritual. 

 

Os filhos, em sua infância, possuíam aulas em casa ministradas por padres e bispos, além de sempre participarem de missas, confissões e de receberem os sacramentos. Quando atingiram idade para frequentar o colégio, os filhos foram direcionados a escolas católicas para continuarem recebendo instruções cristãs. 

 

O casal possuía um grande apreço pelas vocações religiosas, tanto que ambos tinham o desejo de seguir ordens religiosas antes de oficializar a união. Por esse mesmo motivo, Jerônimo formou e encaminhou os seus filhos para que ingressassem em seminários e casas religiosas. 

 

Jerônimo sempre fez questão de ajudar a propagar a fé cristã e estimular outros fazendeiros a doarem recursos para a Igreja. Ele possuía um especial apreço pela espiritualidade franciscana, tanto que veio a se tornar um franciscano da Ordem Terceira. Foi por meio disso que aprendeu a importância do desprendimento dos bens terrenos. 

 

Deixando um legado de amor e exemplo de cristão, Jerônimo faleceu em 12 de agosto de 1909, aos 58 anos de idade. Fazendo com que sua esposa se mudasse para tomar conta de seu pai, também viúvo. 

 

Após a morte de seu pai em 1º de setembro de 1913, Zélia doou os seus bens à Igreja e aos mais pobres e juntou-se às Servas do Santíssimo Sacramento, no Largo do Machado, tomando o hábito religioso no dia 22 de janeiro de 1918, assumindo agora o nome de Irmã Maria do Santíssimo Sacramento. 

 

Zélia, agora Irmã Maria, veio a falecer no dia 8 de setembro de 1919. Na ocasião de sua morte, suas virtudes já eram reconhecidas por muitos, o que acarretou o imenso número de pessoas. 

 

Um casal que cumpriu de modo exemplar o papel de marido e mulher, de pai e mãe, e principalmente, de cristão católico, sempre levando o amor de Deus e seus ensinamentos à todos à sua volta.

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MATRIMÔNIO:
UMA VIA DE SANTIFICAÇÃO

Descubra os desafios e caminhos para se viver um casamento santo:

O ato de casar-se não constitui apenas aceitar o outro como esposo ou esposa, mas firmar um compromisso de buscar a santificação pessoal e do outro, através da graça concedida pelo recebimento do sacramento, por mais custoso e trabalhoso que essa jornada possa ser. 

 

“Cada casal tem uma particularidade, isso não pode ser tirado do casal. Existem casais que têm dificuldades a serem enfrentadas e essas dificuldades é que podem santificar esse casal. Existem situações diferentes para cada casal pelas quais eles podem se santificar. O casamento é uma via de santificação porque é um existir para o outro, não dá pra fazer só a minha vontade, eu vou fazer a vontade do outro e a vontade de Deus, em primeiro lugar, que quer que eu ame o outro, isso já vai ser uma via de santificação.”, declara Rosení. 

 

Mas apesar de cada casal possuir sua singularidade, eles afirmam ser importante encontrar histórias que inspirem o marido e a mulher a buscarem a santidade juntos. Como é o caso de Zélia e Jerônimo que, por amarem a Cristo acima de todas as coisas, conseguiram viver um Matrimônio Santo, segundo a vontade de Deus. 

 

“Olhando para testemunhos como esse, a gente percebe que a santidade é possível, não é algo inatingível, porque muitas vezes as pessoas falam que ser santo é muito difícil. A gente vê que é um casal do século 19, não é dos primeiros séculos do Cristianismo, é recente. Então é possível nos dias de hoje viver a santidade.”, afirma Alexandre. 

 

Alguém que busca ser santo dentro de sua casa com seu cônjuge e filhos não é menos merecedor das graças de Deus do que um monge ou uma freira no convento. São caminhos e vocações diferentes, mas que ambas possuem suas exigências e desafios, visto que as Leis de Deus são as mesmas para todos. 

 

“Lógico, é um caminho exigente, mas isso o próprio Evangelho já nos diz quando fala que a porta é estreita. O caminho que leva a salvação é estreito. É exigente, mas é possível. Testemunhos como esse, de Zélia e Jerônimo mostram que se o casal tem esse objetivo de tudo agradar a Deus, é possível sim alcançar a santidade.”, conclui Alexandre.

Rosení e Alexandre Oliveira são missionários da Comunidade Canção Nova e há muitos anos vem acompanhando famílias e formando outros casais, testemunhando sempre a importância de viver um bom relacionamento entre homem e mulher, uma vez que o Matrimônio é um sacramento instituído pela Igreja Católica, e deve ser bem vivido. 

 

Sobre isso, Alexandre explica que “o Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a fonte desta graça do sacramento do matrimônio é o próprio Cristo, e vai dizer também que essa graça é voltada para a santificação dos cônjuges. O matrimônio é voltado a salvação do outro, a pessoa se santifica a partir do serviço. Quando a gente dá a vida pelo outro, serve o outro no casamento, já é uma via de santificação, uma via de purificação, via de graça.”

 

Quer saber mais dicas de como viver bem o Matrimônio de acordo com a vontade de Deus?

Clique e ouça: 

Como viver bem o matrimônio?
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